O Que De fato Acontece Se Você Consumir Sangue?

O Que De fato Acontece Se Você Consumir Sangue?

São 18h, e você está na fila do hipermercado. Ainda faltam duas horas pro jantar, mas você resolve beliscar qualquer coisa para lograr o estômago. Pega um pacotinho de amêndoas, mas desiste ao ler o rótulo: são 170 kilocalorias (kcal) por uma mísera porção de vinte e oito gramas! Melhor se contentar com um refrigerante light, que tem menos de 1 kcal.

Você paga, abre a lata e sai com a consciência tranquila, pensando no que vai jantar. Mas, se o teu intuito era não engordar, ou perder calorias um pouco, você acaba de tomar a decisão errada. No Brasil, 6 de cada dez adultos têm excesso de peso, segundo o IBGE (e dois deles são obesos). A descrição disso, todo mundo domina: estamos comendo excessivo e fazendo atividade física de menos.

Isto é, ingerimos ainda mais calorias do que queimamos – e o corpo humano transforma essa energia excedente em gordura. Mas talvez a responsabilidade não seja totalmente nossa. O corpo não pode revelar com toda a energia dos alimentos – visto que uma quota é usada pela própria digestão. Isso faz com que, na prática, a comida tenha menos calorias úteis do que está nos rótulos.

Os alimentos contêm vasto quantidade de calorias. Para simplificar a contagem delas, Atwater decidiu agrupá-las em blocos de mil – nas chamadas kilocalorias, ou kcal. Essa é a quantidade utilizada para mensurar a energia da comida. Utiliza-se a fórmula 4-9-4, criada no século dezenove pelo químico americano Wilbur Atwater – que queimou diversos tipos de alimento, com um maçarico, e mediu a quantidade de energia liberada.

  1. Funcionários, folha de pagamento, etc
  2. Não se sente contente, mesmo com o estômago cheio
  3. Exercícios Para Braços Para Encerrar Com A Gordura Do “tchauzinho”
  4. Sincronização pela nuvem
  5. Pendurados nas paredes
  6. Interface bastante leve, consumindo poucos recursos de hardware

Uma regrinha de ouro da nutrição diz que carecemos queimar, ou deixar de consumir, 7.000 kilocalorias para perder 1 quilo de gordura corporal. Dessa maneira, bastaria eliminar 500 kcal por dia pra perder 2 quilos por mês – ou vinte e quatro quilos num ano. Essa diretriz foi formada em 1958 pelo médico americano Max Wishnofsky, no momento em que os conhecimentos a respeito do metabolismo ainda engatinhavam. Wishnofsky analisou os estudos da data (em sua maioria feitos em períodos curtos, e somente com mulheres obesas) pra entrar ao número, que virou uma norma universal. Só que está falso. Um estudo de oito anos, conduzido pelo NIH com biólogos, matemáticos e fisiologistas das universidades Harvard e Columbia, conseguiu quantificar esse efeito.

E chegou a uma conclusão não muito animadora. Você necessita queimar o dobro das calorias. Isso mesmo: pra perder 907 gramas de gordura corporal, você necessita de queimar 14 1000 kilocalorias a mais do que comer. O padrão foi testado e comprovado, durante dois anos, em 140 voluntários, que tiveram a ingestão de calorias e a modificação de peso detalhadamente registradas. Se você quiser emagrecer, deverá malhar – ou fechar a boca – ainda mais do que se imaginava. E bem como há outra má notícia (calma, prometemos que é a última).

Talvez você esteja comendo bem mais do que o seu organismo realmente precisa. Isso porque a recomendação tradicional, de 2.000 kilocalorias diárias pra mulher e 2.500 pra homem, é somente uma estimativa geral, que não leva em conta características individuais. Mas existe uma fórmula que permite calcular com mais exatidão o teu gasto calórico.

Pronto. Agora começam as boas notícias: dependendo dos alimentos que escolher, você podes comer mais. Calcule a sua taxa metabólica basal (TMB), que é a energia gasta pelo corpo humano em repouso. Fonte Equação de Harris-Benedict. Atwater fez o ótimo que pôde, todavia hoje a ciência sabe que a digestão é um método mais complexo do que queimar comida com maçarico. Na prática, os alimentos nos dão menos energia do que Atwater previu.

A primeira a constatar isso foi a nutricionista Laura Kruskall, da Universidade de Nevada, que em 2003 realizou um estudo com 28 voluntários. Durante quatro meses, eles tiveram a dieta rigorosamente controlada, com as calorias contadinhas, para que seu peso não oscilasse. Na prática, o repercussão foi completamente contrário. Os membros começaram a perder calorias bastante – e, pra que isto não acontecesse, eles tiveram de comer 26% mais calorias, em média, do que o calculado.

De lá para cá, muitos estudos têm exposto que a fórmula 4-9-quatro poderá derrapar feio. O saquinho de amêndoas que você largou no supermercado, como por exemplo, não tem 170 kcal. Tem muito menos. Foi o que descobriu a nutricionista Janet Novotny, do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que acompanhou um grupo de voluntários durante dezoito dias.