Como Foi Pra Entrar Pela USP?

Como Foi Pra Entrar Pela USP?

Aos 44 anos, José Mauricio Camargo ainda guarda o dia cinco de maio de 1987 bem vivo na memória. Naquela data, ele deu teu primeiro passo no mercado de serviço como office-boy nas Lojas Pernambucanas. Na varejista, passou por vários cargos e setores. Empacotador, caixa, vendedor, gerente de loja, auditor, até assumir, em 2006, o cargo de gerente de expansão da rede.

Em março de 2015, porém, essa trajetória chegou ao encerramento. Impactada na queda, a companhia reduziu a área causador da abertura de recentes unidades. Prestes a completar vinte e oito anos pela corporação, Camargo foi demitido. “Houve cortes em inúmeros setores, essencialmente nos salários mais altos”, diz. “Não dormi nos dias seguintes.

Passado pouco mais de um ano de tua saída e das tentativas frustradas de recolocação, Camargo voltou a ter boas noites de sono. 150 mil em uma franquia da Mercadão dos Óculos. A cifra adiciona todo o projeto, do ponto de venda ao pagamento de royalties pra rede. 50 mil por mês. “A rede me dá todo o suporte de marketing, de sistemas e de produtos”, diz. “E atendo às classes C e D, um público muito idêntico ao das Pernambucanas”, reitera Camargo, que concebe uma nova unidade pro segundo semestre.

Longe de ser uma exceção, Camargo é mais um exemplo dos profissionais que estão enxergando nas franquias uma possibilidade para superar os percalços da crise. O principal fator de atração é o paradigma apresentado pelo setor, que reúne mais de três mil marcas com mais de 138 mil unidades espalhadas pelo Brasil. O franqueado paga royalties pelo emprego da marca, que variam de 2% a 5%. Em troca, tem acesso a fatores como planos de negócios, estudos de retorno sobre o investimento e estratégias de marketing para escalar tuas franquias. “Esse novo empresário sabe que vai ter muitas dificuldades se começar do zero”, diz Claudio Tieghi, diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

“Nas franquias, ele descobre um formato agora testado”, alega. Ele destaca o investimento das redes para descomplicar o acesso deste perfil de franqueado. Entre as ações está a oferta de lojas mais compactas. Esse é o caso de Marisa Ginack, cinquenta e dois anos, 33 deles dedicados à gestão de serviços de limpeza, segurança e almoxarifado. Em maio de 2015, ela foi demitida da JLL, onde prestava serviços pra Procter & Gamble. “Comecei a trabalhar aos 18 anos e nunca tinha ficado desempregada”, diz Marisa, que durante seis meses buscou uma nova vaga, sem sucesso.

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Foi no momento em que uma amiga lhe alegou a respeito da Limpidus, rede de serviços de limpeza empresarial. Sessenta 1 mil cabia no seu bolso. Em operação desde março, Marisa neste instante tem na carteira 4 freguêses. O capital de giro miúdo foi um dos fatores que levaram Pedro Marques, 48 anos, a investir em uma franquia da Arranjos Express, de customização e reparos de roupas.

Formado em engenharia pela USP e com três especializações nas áreas de gestão, ele ficou desempregado em março de 2015, depois de trabalhar 17 anos na Galvani, organização de fertilizantes. 230 1000. “Numa franquia, os processos são padronizados e você queima etapas, além de ter superior segurança quanto ao regresso de capital”, diz. Há um mês, assumiu outra unidade em Bragança Paulista e neste momento tem no radar uma nova loja em Campinas. “Quero desenvolver minha própria rede dentro da rede da Arranjos Express”, diz.